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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PsicOfatO: "Pédi pra sair!!!!"


Olá pessoal, eu resolvi retomar o blog numa sexta-feira pelo mesmo motivo que minha última dieta começou na quarta: menos tempo de trabalho. E como boa sexta-feira, hoje temos o nosso bom e velho, PsicOfatO.

O PsicOfatO de hoje envolve o, surtado que pediu baixa da semana de adaptação do Colégio Naval e gerou polêmica no país. Com os comovidos com a história desesperada da mãe do menino, eu peço desculpas pela brincadeira do título do post. Porém, devo evidenciar que eu mesmo estive envolvido nos processos de seleção da citada instituição militar. Estes, aliás, foram parte da minha vida nos últimos meses e um dos motivos das férias do blog terem durado tanto. Estive presente por todos os processos que o garoto protagonista do escândalo passou, exceto, é claro, a entrada no quartel. Fiquei entre muitos com uma pontuação mediana nas provas escritas, e portanto, não entrei - o que não vem ao caso. Mas, o resto (exames médicos e físicos) eu também fiz tudo - é possível até que eu o conheça. Tendo como base minha própria experiência no assunto, posso dizer que o único propósito dos que preparam os jovens para a vida militar, é, desde o primeiro momento do primeiro exame médico, fazê-los desistir.

O fato foi que um jovem aluno que, sabiamente, prefere se manter anônimo, devido ao acumulo de pressões externas dos seus superiores, na semana de adaptação do CN, apresentou um "surto" proveniente de alguma doença mental que ele já possuía. O que culminou na saída do garoto da instituição, e a indignação dos seus familiares (e consequentemente, de parte do país) com os métodos utilizados dentro da escola. Familiares estes que estão agora movendo uma ação judicial contra a Marinha do Brasil.

Bom. Minha opinião? Muita omelete e poucos ovos. Ou seja: A pressão imposta aos alunos de todas as instituições militares existe pois eles estão sendo preparados para situações extremas. Realmente, não é todo mundo que aguenta este tipo de coisa. E ela também é abusiva às vezes. Ponto.

Temos que avaliar também, que, muito provavelmente, o ex-aluno (atualmente internado numa unidade militar de tratamento mental) já apresentava algum tipo de enfermidade mental. Que por sua vez foi a tona com todo o turbilhão psicológico sofrido pelo menino.

Por outro lado, temos muitos afirmando que o evento se tratou de um caso de bullying(expressão estrangeira que designa todo tipo de violência, psicológica ou física, intencional e repetitiva, praticada por um ou mais indivíduos). Na minha visão, não foi. Obviamente houveram comentários, gritos e ordens ofensivas, mas todos passaram por isso. Ele não foi o primeiro a desistir por causa do tratamento que recebeu no colégio. Isso "faz parte do jogo". O grande problema foi a total ausência de verificação psicológica nos exames feitos previamente a entrada na escola. Eu fiz estes exames e sei que não há testes psicológicos no PSACN (Processo de Seleção e Admissão ao Colégio Naval). Havendo este tipo de checagem, dificilmente não seria notada a fragilidade do rapaz.

Para fechar, os veteranos do Colégio Naval, abusam mas "dá pra levar". O estardalhaço da família do garoto é desnecessário. E para evitar mais problemas como esse, a Marinha está precisando de um teste psicológico de verdade. Quanto ao resto, para os outros alunos, como diz meu pai: "num guenta? Sai!"

Ai ai ai, que horas são? Ih, acabaram as férias!!!


Olá pessoal. Saudades de mim? Não, eu sei, vocês só tem saudades do pato... ou melhor... do ganso. Não precisam fingir não, eu também prefiro ele a mim, tanto que se eu tiver com depressão, suicidaria ele. KKK Desculpem a piada fraca, é o retorno de férias, ainda estou frio. (Estou exatamente como está o garfield na imagem, e boa parte de vocês também)

Bom, sem mais delongas, a espera acabou pois o PsicOgansO vollllltou!