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sábado, 1 de maio de 2010

PsicOdevaneiO: MPB - Música Popular do Belzebú

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Sábado, como vocês já devem suspeitar, é o dia do PsicOdevaneiO. E hoje vamos viajar um pouco no mundo das conspirações satânicas da Internet.

   Este post foi derivado da minha curiosidade, uma vez que baixei um programa inteiro com a única finalidade de ouvir a música Ilariê, da Xuxa, ao contrário. Todo mundo já ouviu falar na história de que esta música, quando escutada de trás para frente, revela uma mensagem de culto ao coisa-ruim. Pois bem. Não revela nada! Se aquilo for uma mensagem do belzebú deve estar na língua dele, porque português não é! A única coisa que posso dizer é que a minha alma ninguém leva com essa música não. Perdão a todos que juram já ter ouvido algo subliminar nestas músicas, mas o PsicOgansO está aqui para explicar estes fenômenos.
   Não é só Ilariê que sofre acusações de satanismo. Músicas que vão desde Raul Seixas, passando por Ivete Sangalo, e chegando até no ultra-católico Roberto Carlos são constantemente atingidas por projeteis conspiratórios religiosos. Na minha opinião, calúnias como estas muitas vezes são fruto da inveja alheia, mas eu não estou aqui para falar disso. O assunto, agora, é a parte cerebral que toda essa história envolve.
   Em alguns casos, como nas músicas de Raul, Roberto e Sangalo, as acusações são baseadas em livres e forçadas interpretações. Exemplo: Na música “Sorte Grande”, de Ivete, passagens como “a minha sorte grande foi você cair do céu” são interpretadas como a cantora ficando feliz pois o anjo caiu (lúcifer); ou então na canção da eterna metamorfose ambulante onde é dito “eu sou a mosca que pousou na sua sopa. Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar... que perturba o seu sono... não adianta vir me dedetizar... eu tô sempre junto de você...”, sendo visto como uma narrativa da influência do cramulhão nas nossas vidas. Para estas ocasiões, eu posso explicar até com uma brincadeira. São interpretações livres que fazemos ao nosso favor. Como, por exemplo, quando nossos pais nos mandam deitar e ficamos nesta posição, só que, vendo televisão. Ao sermos perguntados se não ouvimos a ordem anterior, respondemos: “vocês me mandaram deitar, não necessariamente... dormir”. Outra muito divertida é a interpretação gay da música “Mulheres”, de Martinho da Vila, onde ele faz uma declaração de amor ao dizer para sua atual companheira que procurou em TODAS as mulheres a felicidade mas nenhuma delas lhe fez tão feliz quanto ela lhe faz. Se virmos esta música por outro ângulo, quando Martinho diz: “...nenhuma delas/Me fez tão feliz/Como você me faz.../Procurei/Em todas as mulheres/A felicidade/Mas eu não encontrei/E fiquei na saudade/Foi começando bem/Mas tudo teve um fim...Você é/O Sol da minha vida/A minha vontade/Você não é mentira/Você é verdade/É tudo o que um dia/Eu sonhei pra mim...”, podemos entender como um homem que já experimentou todos os tipos de mulheres, mas agora se rendeu a outro homem, já que nenhuma delas lhe fez tão feliz como ele lhe faz. ; ) Divertido, ?

   Porém, em outros casos, as brincadeiras são feitas com vídeos. Aí a história é diferente. Hoje mesmo eu vi um vídeo onde uma a música “Meu cãozinho Xuxo”, da Xuxa, era tocada ao contrário com uma legenda, para entendermos do que se tratava (assistam: http://www.youtube.com/watch?v=aWQ_1239x5s ) . O filmezinho seria até muito bom e realmente convenceria alguém com olhos destreinados, mas não o PsicOgansO. PsicOFreud Explica: Uma vez que o nosso cérebro “vê o que quer ver” e busca fazer associações rápidas, a grande jogada de ceninhas como essa é a legenda. Nós ficamos prestando atenção nas legendas, deixando o som em segundo plano. Logo, como tudo que lá está escrito fora pensado e é foneticamente parecido com a música, nosso cérebro associa a leitura com a audição. Resultado: Você escuta a Rainha dos baixinhos dizendo “vamos fumar” ou “meu anjo é o Diabo”. Besteira! Na verdade ela está falando alguma palavra louca de trás para frente, fazendo um som parecido com nada que você conheçe. É só prestar atenção para notar os cortes sonoros. Uma amostra de brincadeira com isso temos no vídeo que está neste texto, onde fazem legendas divertidas para músicas famosas. Nesta, em particular, basta não ler as legendas para curtir bem a canção(do ABBA), mas se ler, realmente vai acreditar que a cantora diz “a linha tem cerol”(quando, na verdade, ela fala “the winner takes it all”). Se o capeta queria influenciar alguém com estes tipos de influências, escolheu o Pato errado.

Enfim, mantendo a democracia do blog, e me desculpando pelo post grande, eu digo para acreditarem no que vocês quiserem, mas que existe uma explicação científica para todas essas palhaças... existe.


2 comentários:

  1. o mesmo truque dos Karaokes que tão por ai...os engraçado , igual aos do Pânico...concordo com o topico plenamente,

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  2. na verdade a musica que tem mensagem satânica é,Meu Caozinho Xuxo, eu já rodei a musica ao contrario, e da para escutar sa seguinte frase, O MEU DEUS É O DIABO

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