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sábado, 14 de novembro de 2009

Antes que termine o gelo.


Amigos e churrasco são coisas muitos legais. E coisas muito doidas também. Principalmente os amigos do PsicOgansO. Dos churrascos dele, nem se fala.
O nosso ganso, junto com seus amigos (a mais variada e absurda seleção de integrantes da psicofauna mundial, incluindo uma morsa anoéxica, uma topeira com síndrome do pânico e uma ovelha nazista)resolveu fazer um churrasco em sua casa. Pra descontrair. A princípio, uma boa idéia. E ao final também!
Tudo começou, como diria meu pai, "meio-metade". Aconteceram com eles coisas que tipicamente acontecem nos churrascos despreparados. O carvão não pegava! Perguntas como "cadê o álcool?", "como pode uma casa não ter álcool?" e exclamações como " fud#%@ então!" eram freqüentes. Resolvido o problema do carvão (sabiamente solucionado com uma edição de domingo do "O Globo" inteira, depois de muitas brincadeiras com fogo, claro), as carnes (um só tipo de lingüiça, um quilo de alguma carne, e salsichão a gosto) foram colocadas nos espetos - com suas respectivas brincadeiras fálicas - e neles, no fogo. Conversa vai, conversa vem, muita bobagem sendo dita, piadas ruins de todas as minorias famosas, comentários escatológicos, tudo parecia um episódio de "Os Normais" no Animal Planet. Até que sai a primeira "carne": uma bela lingüiça (ui) tostada. Cortado, o dito condimento não viu a luz do dia por mais de dois segundos. Todos os animais ali presentes esqueceram-se de suas espécies e atacaram, feito piranhas enraivecidas, a pobre tripa recheada. Passado o desespero, chegou o terror. Motivo? A lingüiça era apimentada! Quando foi no mercado comprar os ingredientes para o churrasco, o PsicOgansO pediu uma lingüiça "quente". Bom, conseguiu.
Depois de acabar com uma garrafa de 2l de Coca-cola, vieram os, tão rapidamente devorados, salsichões. E depois deles, as carnes, sem tempero nenhum. Nem sal!! A fome era tanta àquela altura, que ninguém nem percebia. Afinal, a farofa estava ali para isso.
Bom, já de rabo cheio, o pessoal parou para conversar. Colocaram milhares de cubos de gelo em copos para tomar um refrigerante quente, e começaram a coversar. É aí que está a beleza! É nessas horas de descontração que, entre amigos, nós realmente conseguimos atingir o íntimo da alegria. Sem nenhum duplo sentido, numa boa conversa podemos alcançar o nirvana da felicidade, sem esforço. Basta estar entre pessoas queridas, e que também te têm como tal, que mesmo nos machões mais carrancudos, o coração se enche de alegria. Conversas tolas, papos furados. Entre homens é sobre mulher, dinheiro, futebol e mulher (bis). Entre mulheres... Bom, entre mulheres depende da idade (pode ser sobre o "Tonhinho, aquele gato da escola"; sobre "nossa! O novo professor de português da faculdade é lindo"; sobre o "imprestável do meu marido" e o "charmoso do meu chefe"; e chegando nos "anos enta" - 40, 50... - passa a ser sobre o calor e a novela). Não importa o assunto, a jogada mesmo é a companhia! Estar ali é sempre bom, e isso é irrefutável. Nesses momentos, os outros cinco e tantos bilhões de habitantes do planeta são esquecidos. Tudo se concentra ali. Mesmo que falemos sobre outras pessoas, são sempre metáforas inconcientes que usamos para falar de nós mesmos. Esses momentos são, com certeza, exemplos dos raros acontecimentos da vida que podemos chamar de VIVER. Nessas horas, meus amigos, façam como o PsicOgansO e tentem concentrar-se na situação. Não importa se o guaraná está quente. Coloque gelo e divirta-se. O lance é aproveitar, sem medo, aquele momento. Antes que o gelo derreta.

2 comentários:

  1. gostei do poste mas faltou o psicomacako aqui, afinal alem de psico,todos demos um pouco de loucos! ;)

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  2. da proxima vez, me contrate de churrasqueiro que eu faço até coxinha de galinha!!!!!!

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