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sábado, 21 de novembro de 2009

PsicoLUTO: Herbert Richers




Dublagem é uma coisa que divide opiniões entre os fãns de cinema. Uns gostam, outros nem tanto e outros abominam. Mas de uma coisa ninguém pode falar: Dos dubladores. Todos eles são, antes de tudo (literalmente), atores. Ninguém dubla. Em bons estúdios, se fazem as "versões brasileiras". Malhadores da dublagem, esqueçam os filmes em live-action e pensem nas animações. Nos desenhos. Neles também há uma voz de algum ator por trás, mas vê-los legendados não dá. Não dá para lembrar de Scooby-Doo, sem Orlando Drummond; Do Salsicha ou do Pernalonga, sem Mário Monjardim; do Jhonny Bravo, sem Ricardo Juarez; do Cosmo ou do Buzz Lightyear, sem Guilherme Briggs; de tantos outros personagens, sem seus dubladores; e, sem dúvida, do cinema e da TV, sem Herbert Richers.
Neste sábado, o mundo perdeu um empresário, e o Brasil, perdeu um ícone. Poucas pessoas conhecem seu rosto, mas todos se lembram de seu nome. 70% dos filmes que chegam ao país são dublados nos famosos estúdios de dublagem Herbert Richers.
Na madrugada desta Sexta-feira, Richers completou sua caminhada, de longos e prósperos 86 anos. Ex-produtor de cinema, nascido em Araraquara, São Paulo, em 11 de Março de 1923, teve o início da carreira nos anos 50, já no Rio de Janeiro (onde fundou uma distribuidora de filmes que tinha seu nome). Com o decorrer dos anos, Herbert Richers fundou um dos primeiros estúdios de dublagem do Brasil. Estúdio esse, que hoje é um dos maiores do Brasil e da América Latina.
Ontem, um problema renal matou um mito. Hoje, um problema renal fez nascer uma lenda. Isso pois, assim como antes, os desenhos, filmes e séries, ainda terão ao final, a famosa frase. E toda vez que se ouvir, daqui para frente," Versão Brasileira, Herbert Richers ", lembraremos do midas da dublagem nacional. Entre os dubladores, amigos e familiares, acho que posso falar por eles, deixará saudades. E entre os fãns, como eu, que jamais haviam visto seu rosto, ficará também um vazio, que muitos de nós nem saberemos o porquê.
Parabéns pela obra. E pelas vozes talentosas dos nossos dubladores, o seu legado, com certeza, será mantido.

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