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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mamãe, tô com medo...


A PsicOleiturA desta semana foi substituída pelo simples fato de eu não ter terminado o livro prometido. Mas não se apavorem, ela dará lugar a um post sobre uma obra que também vem da literatura, a nova versão do clássico livro "Alice no País das Maravilhas".

Em 1° lugar, que me desculpem os produtores da Disney Pictures, mas este novo Alice - do insano diretor Tim Burton -  não é para crianças. Nem de longe.

Neste novo conto, baseado na clássica história de Lewis Caroll, Alice já tem seus 19 aninhos e é uma típica rebelde da Inglaterra vitoriana. Atualmente, ela não se lembra de sua primeira - e nossa velha conhecida - ida ao País das Maravilhas, mas acaba por cair lá novamente. Desta vez, a jovem trata-se do pivôr de uma ancestral profecia. No tempo em que ela esteve fora, a Rainha de Copas tomou conta do "mundo subterrâneo" e destruiu tudo, tiranizando o local. Cabe a Alice derrotá-la. Nesta nova viagem à "Wonderland", no original, a menina precisa encontrar os mesmo personagens nas mesmas circunstâncias da história clássica. A trama só se torna realmente nova do meio do filme para o fim.

Os efeitos visuais são um deslumbre durante toda a película. Ora nos mostram paisagens assustadoras e tenebrosas; ora florestas de cogumelos coloridos e castelos vermelhos. Se existe algo para se falar deste novo País das Maravilhas, é que ele é - e isso inclui cada um dos personagens - visualmente fantástico. Em relação as exibições no cinema, as versões em 2 e 3-D não diferem muito uma da outra, uma vez que os recursos desta tecnologia, são pouco explorados.

O grande problema do filme é sua natureza um tanto bizarra. Deixando de lado todos os personagens que parecem caricaturas vivas - muito gordos, narigudos, orelhudos, cabeçudos, delicados, coloridos, esguios... -, ainda é preciso se falar de algumas passagens deveras distantes do público mais infantil. Referências à morte e as rápidas cenas em que o Chapeleiro Louco (Johnny Depp, como sempre, brilhante) deixa sua loucura mostrar-se ódio - seus olhos escurecem e isso fica evidente -, afastam, ao meu ver, os mais jovens espectadores. Sim, até assusta um pouco.

Há, também, partes engraçadas, cheias de aventura ou magicamente belas. Talvez por isso eu não saiba, ao certo, minha opinião sobre a obra. Sei que não ODIEI, mas também, definitivamente não ADOREI. Quanto aos meios termos - gostar ou não - fica difícil dizer. A natureza louca, esquisita e confusa, mesmo que colorida, mágica e divertida (sim, é paradoxal mesmo...) criada pelo doentio Tim Burton não deixa o espectador saber bem do que se trata a história. Não se ama o odeia o novo Alice, apenas se assiste.

Ainda assim, dêem uma olhada o novo Alice no País das Maravilhas. Só vendo para entender toda essa loucura ("...para entrar neste lugar, alguns dizem que deve-se ser louco... como o Chapeleiro", fala de Depp) que vale a pena ser conferida.

Um comentário:

  1. Como sempre um bom post. Ainda n tive a oportunidade de assistir, mas com certeza o verei.

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