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quarta-feira, 14 de abril de 2010

PsicOfilmE: Forrest Gump - O Contador de Histórias ("Forrest Gump", 1994)

Filmaço! Não teria como eu começar a falar de Forrest Gump - O Contador de Histórias sem dizer isso. 6 Oscars, incluindo o de melhor ator para Tom Hanks, melhor diretor para Robert Zemeckis e o eminente Oscar de Melhor Filme. Tom Hanks é o cara e Robert Zemeckis empregou todo seu talento num roteiro sensacional que, uma vez filmado, foi marcado por interpretações memoráveis.

Forrest Gump é um jovem do interior dos Estados Unidos, com um certo grau de retardo mental. O filme começa com Gump sentado no banco de uma parada de ônibus e começando a contar a sua vida para as pessoas em volta, a partir de sua infância com sua zelosa mãe (Sally Field, sensacional), que dizia que "a vida é como uma caixa de bombons... você nunca sabe o que vai encontrar". É neste banco, com esta frase como pano de fundo e nas palavras de Forrest, que todo o filme se desenrola. A narração nos leva a conhecer toda a vida do personagem de Hanks e de seu grande amor, Jenny (a talentosa Robin Wright Penn). Mas o que torna a história do filme tão sensacional e criativa é que Forrest esteve presente em vários eventos significativos na história dos Estados Unidos (alguns do mundo, como a guerra do Vetnã), e sua biografia mistura-se ao desenvolvimento de uma nação em conflito, que eram os EUA nos anos de 70 e 80. Efeitos visuais de primeira linha para a época puseram um jovem Tom Hanks em vídeos reais, interangindo com personagens reais (como o falecido presidente John Kennedy ou outro John... o Lennon) como se lá estivesse na hora da gravação.

Gump é neto de um dos fundadores do grupo Ku Klux Klan; presenciou a segregação racial dos anos 60;  inspirou os passos de dança de Elvis Presley; conheceu o presidente John Kennedy pessoalmente e outros presidentes ao longo do filme; foi ao Vietnã; participou da equipe nacional de ping-pong dos EUA, conhecendo, por isso, o presidente Nixon e  denuncia, inocentemente, o que depois se torna o Caso Watergate e ocasiona a renúncia de Richard Nixon (quem não sabe o que foi Watergate, pesquisem, é uma sabotagen entre os partidos estadunidenses que... ah, procurem!); inspirou John Lennon a compor Imagine; criou o smile e foi acionista da Apple, de Steve Jobs. Isso tudo dentre outras peculiaridades que não significam muito para nós, brasileiros. 

O mais incrível, é que toda esta história é contada numa visão inocente, até infantil, do limitado Gump, que presencia eventos que mudaram o curso do mundo sem se dar muita conta do que estava acontecendo. Garry Sinise faz o tenente do protagonista no Vietnã, num atuação furiosa e arrebatadora, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante naquele ano.


Um filme apaixonante, extraordinário, cativante e belo (onde o cuso do mundo através das décadas acontece enquanto um jovem ingênuo persegue uma mulher perdida e atormentada, que ele nunca esqueceu). Isso é Forrest Gump, O Contador de Histórias, um dos filmes que eu mais recomendo desde o início do blog. Não um bom filme que vale a pena ser visto, mas sim, um filmaço que se deve assistir. Indicadíssimo e "isso é tudo que eu tenho a dizer sobre esse assunto" (frase registrada de Gump, Forrest Gump).

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