Fúria de Titãs, para começo de conversa, é a refilmagem de um clássico homônimo de 1981 que já foi cliente da Sessão da Tarde mas não figura no programa já há algum tempo. O filme original contava lenda grega do herói e semideus(meio homem meio deus) Perseu que se rebelava contra seu pai, Zeus, uma vez que os deuses estavam descontentes com os humanos. Na produção oitentista, Zeus viola os aposentos de um rei e fecunda sua esposa. Irritado com o bastardo divino, mas sem querer sujar as mãos de sangue, o rei joga suas esposa e a criança no mar e eles são levados à cidade de Argos. Burlando alguns aspectos do mito, apenas Perseu sobrevive e é criado por pais adotivos. Muitos anos se passam e os atuais reis de Argos se rebelam contra os deuses que, por sua vez, irritam-se com a insolência de suas próprias criações. Como punição, os deuses decretam que a princesa Andrômeda, noiva de Perseu, deverá ser sacrificada ou então é a cidade inteira cairá pelas mãos da mais terrível criatura já vista: o Kraken. Perseu, então, parte numa busca pela única coisa que pode derrotar o monstro: a cabeça enfeitiçada da Medusa. Durante o caminho até lendária mulher, o semideus precisa enfrentar todo tipo de criatura mitológica imaginável. Para passar por tais desafios, ele conta com presentes divinos: a espada de Zeus(rei dos deuses e senhor dos céus), o escudo de Athena(deusa da sabedoria e da batalha) e o elmo de Hades(deus dos Mortos) além, é claro, do lendário cavalo alado, Pégaso. O escudo, aliás, é essencial em sua luta com a Medusa, já que nenhum homem poderia olhar em seus olhos e não ser transformado em pedra. É com o interior espelhado do objeto que Perseu pode ver a fera e cortar sua cabeça (o que valeu uma cena memorável no filme de 81).

O filme é muito divertido, quero dizer, não vá esperando um grande roteiro e falas dignas de Oscar, mas pode ir querendo muita ação a cada segundo e gráficos sensacionais. O Pégaso está incrível; o Olimpo, magnífico; o visual dos deuses absurdo e o Kraken então... colossal. Mesmo com o protagonista Sam Worthington meio canastrão como Perseu, temos três atores que dão uma competência digna a seus personagens: Lian Neeson esbanja poder interpretando Zeus, Ralph Fiennes - vilão conhecido desde Lord Valdemor em Harry Potter - nos mortra um Hades com o a medida exata de puro terror e Mads Mikkelsen - que fez o vilão LeChifre em 007 Cassino Royale - coloca importância num personagem simples, o capitão Draco, de Argos.
As armaduras dos deuses são um espetáculo a parte. Além de muito bem planejadas, um efeito em computação gráfica as faz brilhar, mas não de uma maneira ridícula! Está mais para... celestial. Todos os cenários são grandiosos, seja no covil das Parcas, no Rio Estige ou no indescritível monte Olimpo, nossos olhos são presenteados com alguma surpresa - quem for ver o filme repare no formato no covil das bruxas ou no chão da sala principal da morada dos deuses. Destaque também para a abertura do filme, muito bem pensada.

e muito bom o filme
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