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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Compras de Natal, todo ano é a mesma coisa.


Fui ontem comprar meus presentes de Natal. Pai, mãe, irmão, tia, avó, ganso... Opa! É, pra ele também. Onde nós podemos comprar bons presentes? Num bom shopping. E foi para um destes mesmo que eu fui... pra quê?

Em primeiro lugar, gostaria de evidenciar que nesta época do ano, os shoppings ficam lotados desde as 10h da manhã. Parece que todo dia é sábado a noite. Além da corrida de obstáculos que é caminhar pelos corredores (narrado, seria mais ou menos assim: "e ele vai,passa por um, passa por outro, desvia da velha gorda, encolhe a barriga e passa pela geladeira embrulhada da tia de vermelho, levanta bunda e passa pelo carrinho de bebê, fica lado e consegue passar pelas sacolas do tio de barba e pelas crianças no colo da moça com cara de cansada. Olha ele! Ele viu a loja! Ele vai conseguir! Falta muito pouco! Olha ele! Tá chegando! Tá chegando! Tá chegando e... no último segundo ele esbarra no sorvete de casquinha do pirralho de boné...") apinhado de paquidermes (pessoas carregando geladeiras, fogões...) e ruminates (mastigando hambúrgueres, sorvetes, tomando refrigerantes, milk-shakes...), nós ainda tem que enfrentar a mesma coisa dentro das lojas, mas em um espaço ainda... menor. E não vou nem entrar no mérito dos caixas. Se fora das lojas, todo aquele movimento pareçe um formigueiro em plena atividade, dentro parece uma coisa só. é tanta gente junta espremida que vira uma só massa. Um grande bloco biológico com o formato da planta da loja. Preste atenção nesta descrição, muito provavelmente ela pode ser encaixada perfeitamente na sua vida: estou cansado; meus pés doem; eu tenho fome, mas estou longe de ter paciência para enfrentar as filas dos fast-foods; eu tenho sede, mas se parar para comprar um água em algum lugar, talvez jamais consiga entrar naquela loja de novo; meus braços sentem cada vez mais o peso das sacolas; eu penso se aquelas pessoas todas que eu pretendo presentear merecem aquele sacrifício; finalmente uma atendente me dá atenção, fico feliz como não ficava desde que entrei no shopping, então percebo uma cara diferente na funcionária. Poderia ser qualquer coisa, mas era justamente a que mais me prejudicava: má vontade. Ela já veio perguntando um "posso ajudá-lo" arrastado (já dá vontade de esganar). Disse para ela o nome de um brinquedo de criança e ela, não contente de não entender o que eu estava dizendo 20 vezes, sem procurar, falou que não tinha na loja. Insisti para que ela procurasse, pois o anúncio estava no folheto. Não de novo. Saí então, frustado. Casado, parei em frenta à loja para descansar. Coloquei as bolsas no chão, olhei em volta, mais uma vez pensei se mereciam ou não aquele esforço sobre-humano e, desistindo, saí. Quase delirando de exaustão, resolvi ir para casa. Derrotado. Enfrentando outra maratona, desta vez no automático, para chegar à saída, chegei. Pensei em voltar no dia seguinte, para ver se conseguia o brinquedo, mas nem precisei. Deus abençõe as lojas virtuais...

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